Talk:mãîa

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Latest comment: 1 month ago by RodRabelo7 in topic mãy
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mãy

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RodRabelo7 Are we sure mãîa was already a thing in Old Tupi? mãymãi is the form in Early Modern Portuguese and Bettendorff seems to translate it as everywhere else. Seeing page 128, it looks more like the author makes some kind of distinction between sy and mãe: Santa MARIA Mãi de Deos, minha Mãi verdadeira / Santa MARIA Tupã cŷ xe Mãi etéramo. Trooper57 (talk) 19:45, 20 July 2024 (UTC)Reply

Trooper57, respondendo em português (porque é mais fácil), Navarro considera o Compêndio de Bettendorff como obra em tupi antigo e o usa extensivamente nas citações do Dicionário. É certo que o tupi da obra de Bettendorff já estava mais "evoluído"; é bastante comum, por exemplo, o uso de -agûera e -agûama junto dos deverbais em emi-, quando o "correto" deveria ser simplesmente usar pûera e rama (embora já tenha tido a impressão de ver construção semelhante às de Bettendorff em Anchieta). Isso posto, confesso que desconhecia essa outra ocorrência de mãi/ Mãi/ mãy/ Mãy nos trechos em tupi. Tendo em vista que é usado ao menos duas vezes pela obra, acho razoável que seja dicionarizado como tupi antigo, mas não me oponho a outras sugestões (usar {{label|tpw|Late Tupi}}, talvez?). Quanto à distinção que Bettendorff parece fazer, apenas pontuo que Tupã sy já devia ser expressão cristalizada àquela altura, de modo que não sei se a ocorrência de Mãi logo em seguida nos possa dizer algo sobre essas prováveis diferenças de uso. Chuto que mãî(a) tenha tido alguma conotação sacra. É sua impresão também? RodRabelo7 (talk) 08:34, 21 July 2024 (UTC)Reply
Pra mim parece simplesmente a palavra em português sem adaptação, igual o "Reys" no catálogo dos dias santos. Provavelmente ele ficou receoso em traduzir por conta da conotação sacra mesmo, igual os "Espírito Santo" que aparecem na literatura. Também, mesmo que Tupã sy fosse expressão cristalizada, Bettendorff usa sy como tradução de mãe todas as vezes no restante do livro (ex.: Honrarás a teu pai, e a tua mãi / Teremöeté nde rûba nde abé[p. 112]). "Mãi" só aparece no texto tupi nas duas vezes que citamos.
Não duvido que mãîa já existisse em tupi, mas é estranho essa ser a única menção. Em LGA, essa já é a forma "vulgar" dominante e aparece em todos os dicionários. Trooper57 (talk) 15:13, 21 July 2024 (UTC)Reply
Trooper57, diferentemente de Reys no exemplo citado (que é usado como aposto, tal qual ybytyra Olivete seryba'e, mba'eeté graça 'îaba ou ainda irã amõ abaangaîpabeté anticristo seryba'e ruri [] "ixé é Cristo 'îaba" o'îabo tenhẽne), aqui mãe é usado inclusive em composições: mãe-ypy, mãe-eté. Às vezes isso acontece com palavras em português, é claro: cristão-ramo, santos-etá. Mas, como manha é uma palavra em língua geral e em nheengatu, havia optado pela dicionarização, já que em algum momento o empréstimo ocorreu (e provavelmente foi durante o século XVII ou XVIII). De qualquer forma, deixo então o verbete à sua disposição para com ele fazer o que bem entender, inclusive encaminhá-lo para eliminação se assim achar mais correto. Cumprimentos, RodRabelo7 (talk) 17:40, 21 July 2024 (UTC)Reply